Vou iniciar esse texto citando informações essenciais sobre as gerações e suas principais características.
Baby boomers, nascidos de 1940 a 1960: idealistas, disciplinados, coletivistas, responsáveis pela tomada de decisão.
Geração X, nascidos de 1960 a 1980: disciplinas, respeito à hierarquia, busca de estabilidade, porém mais competitivo e individualista que a geração anterior.
Geração Y ou millennials, nascidos de 1980 a 1995: são flexíveis diante de mudanças, apreciam a inovação e buscam desafios, também são questionadores e imediatistas. Preferem a ousadia e priorizam experiências em vez de bens tangíveis.
Geração Z, nascidos de 1995 a 2010: ativismo, engajamento e senso crítico. São pragmáticos e realistas. Por terem contato com um mundo mais incerto, esta geração volta a buscar estabilidade.
Geração Alpha, nascidos a partir de 2010: ainda sabemos pouco, mas os prognósticos citam impactos da inteligência artificial no comportamento desta geração.
Resolvi escrever sobre as gerações pois escuto muito, principalmente de Baby Boomers e da Geração X, que os novos trabalhadores não sabem o que querem e não possuem o mesmo nível de comprometimento que eles. Sim, os interesses são outros. E por este motivo, é necessário ir adaptando o meio a essas novas gerações. De fato, eles estão no mercado de trabalho e possuem necessidades distintas das que comumente são apresentadas dentro da gestão de pessoas de uma organização.
Creio que o primeiro passo seria separar os funcionários por gerações e verificar em que processos eles estão alocados. Assim, já fica mais fácil de priorizar ações e estabelecer em quais processos são necessários ajustes de ambiente, métodos de trabalho e até métricas de desempenho.
Através das características de cada geração, podemos verificar o quanto o olhar de cada uma potencializa a outra, trazendo uma sinergia fundamental para os dias de hoje. Temos clareza que, no mundo dos negócios, a complexidade aumentou e as variáveis são cada dia mais instáveis, o que requer um olhar cognitivo para as possibilidades de ação. E é justamente isso que as gerações de baby boomers, X, Y e Z conseguem promover de forma conjunta.
Porém, se continuarmos com o discurso de que com estas novas gerações não conseguimos trabalhar, o processo de falta de mão de obra aumentará significativamente. Reclamar exclui essas novas gerações, sendo que todas elas são filhas da geração anterior. O que quero dizer com isso: essa geração que estamos criticando é fruto nosso! Claro que há a influência da era em que nasceram, mas também há muito de como os criamos para o mundo. Sem dúvidas, é uma boa reflexão!!
Há, ainda, um fator à parte das gerações, em meu ponto de vista, que deve ser considerado. Muita mão de obra foi substituída por tecnologia e outra parte foi ficando extinta devido aos estudos e ambições pessoais. Portanto, trabalhos como encanador, pintor, faxineiro, entre outros, que não podem ser substituídos por tecnologia, estão em falta. E, neste caso, o caminho seria o incentivo ao empreendedorismo, o qual os baby boomers e geração X conhecem bem, portanto, poderiam auxiliar estas pessoas a crescerem e, quem sabe, até formarem uma cooperativa.
Novamente, o que podemos perceber é que estamos todos unidos pelo universo do trabalho e pela família, uma vez que nossos filhos estão inseridos ou serão inseridos no mercado de trabalho em breve. O que não podemos fazer é ficar de mãos atadas e nos queixando, sem dar espaço e voz para todas as gerações. Este é apenas um lado do prisma a que precisamos nos adaptar. Portanto, chega de ficar se debatendo, chegou a hora de agir e alinhar essas gerações pela busca de melhores resultados.
Nós trabalhamos com ferramentas de desenvolvimento humano e queremos ajudar a decifrar esse código de comportamentos e, assim, promover as melhorias na gestão de pessoas. Fale conosco!
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